APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA EM LOURDES
07 DE ABRIL DE 1858 - DÉCIMA OITAVA APARIÇÃO
Como é festa de Nossa Senhora do Carmo, a Vidente assiste à missa e comunga na igreja.
Ao entardecer sente que Deus a chama para a gruta, como das vezes anteriores, e lá chegou por um caminho que ninguém suspeitou. Foi em companhia de sua tia Lucilia, camuflada com um capuz emprestado;mas não pode aproximar-se devido à sebe, e aos soldados que, por malvada ordem do governo, cercam o recinto.
Junto à cerca de tábuas que isolava a gruta, encontrava -se um grupo de pessoas, que de joelhos e silenciosamente rezavam. Ela ajoelhou e acendeu sua vela. Duas congregadas marianas que a reconheceram, juntaram-se a ela e à sua tia, em silêncio. Apenas começara o terço, as suas mãos afastaram-se comovidas, numa saudação de alegria e surpresa. Nossa Senhora estava lá. A sua face iluminou-se e suas feições adquiriram uma indescritível formosura.
A menina contempla a Senhora, de além do rio e da sebe.
Terminada a reza do terço, pelo seu rosto podia-se ver estampada a felicidade que brotava de seu íntimo, a alegria de mais uma vez ter-se encontrado com a MÃE de DEUS. Ela não comentou nada. No caminho de regresso, apenas disse:
“Não via o rio, nem as tábuas - explicará ela mais tarde. Parecia-me que entre mim e a Senhora, não havia mais distância que das outras vezes. Só via a ELA. Nunca a vi tão bela”
Foi o último adeus da Senhora até ao céu.
Aconteceu como se fosse uma visita de despedida, Nossa Senhora sempre bondosa, cheia de carinho e atenção, desceu à terra mais esta vez, para o derradeiro adeus à sua amiga.
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